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VISÕES DE UM POETA
Ao cair a chuva Vejo fios de aquarela Pintando a natureza pura;
Ao admirar o luar, Presencio fachos de prata Cobrindo um doce cantar;
Quando vejo o piscar das estrelas, Penso em olhos brilhantes Encontrando um amor distante; Sentindo o sol que inunda, Imagino seus raios dourados Como bênçãos à terra fecunda; Ao visualizar o arco íris, Lembro de anéis multicores, Elos com Deus, Senhor dos Senhores;
Ao jorrarem as belas cascatas, Penso em lágrimas rolando num rosto Ao experimentar um desgosto;
Diante de olhares penetrantes, Vejo as portas ou janelas dos desejos Suplicando por mil beijos;
Ao perceber a texturas das folhas, Penso nas fundas cicatrizes Esculpidas por antigas escolhas;
Pensando desta maneira, Mostro ao mundo tão abalado, Algumas visões de um poeta, Que esconde no íntimo do peito Muitos segredos - calados!
Cida Maia Oliveira
Enviado por Cida Maia Oliveira em 26/03/2010
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