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HOJE E AMANHÃ
Hoje, olho-te na foto emoldurada Beijando-te e orando para voltares, Atravessando rios e verdes mares Para se acalentar na antiga morada.
Amanhã, meus olhos talvez se anuviem, Meus lábios não possuam o mesmo sabor E tu não te sintas o mesmo viajor Para ver o lar onde te delicias.
Hoje, posso dizer o quanto eu te amo, Com a voz embargada de grande emoção, Num rápido descompasso do coração, Quando sôfrega ao correr sempre te chamo!
Amanhã, não sei se pronunciarei As doces e antigas palavras de amor; Se versejarei nas breves linhas sem dor Ou se músicas afinadas cantarei...
Hoje, abraço-te em meus ditosos sonhos, Cultivo nosso amor infindo e distante Na terna pousada da alma – incessante, Traçando flores nos caminhos risonhos...
Amanhã, os meus braços enfraquecidos Não poderão envolver-te como antes, Mas terão a nova força contrastante Pra crivar no infinito os dias vencidos.
Cida Maia Oliveira
Enviado por Cida Maia Oliveira em 21/02/2013
Alterado em 21/02/2013
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