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DESCORTINANDO A SOLIDÃO
Chamas crepusculares tingem nosso céu, enquanto o sol imerge no infinito;
ali vais, sob as folhas viajantes ao léu
nesta janela de doloroso rito!
Com tristes olhos vermelhos orvalhados,
prostro-me às margens deste mar sereno
em contraste com meu ser tumultuado
e percebo, ao longe, o teu aceno!
Alma minha, doce viajante incerto,
descortinas na minha vida a solidão
- nuvem escura e esfumaçante em céu bravio...
Foste luz do sol no meu caminho coberto
pelas flores da tua imensa paixão, quando minha vida era um rio vazio!
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Cida Maia Oliveira
Enviado por Cida Maia Oliveira em 12/01/2016
Alterado em 30/03/2018
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